Hoje o tema é “tráfico de pessoas”. Tema que, ao contrário de todos os outros, veio de fora pra dentro. Que caiu do céu, que subiu do inferno. Tema externo. Extrínseco. Estranho, atípico. Trafico de Pessoas.
A diferença é que a conjuntura não é sexual - se bem que eu às vezes me pergunto se o sexo não estaria relacionado a todos os assuntos do mundo... mas isso não é discussão pra agora, nem pra hoje.
O tráfico aqui é, sim, de pessoas, mas não de um país para outro, como se vão aos montes as mulheres mais humildes e iludidas deste país. Aqui o tráfico é mais complexo, mais discreto, e talvez mais intenso. De um mundo, para o outro.
Aqui, a venda não é só de corpos. Aqui, o principal é a cessão da alma, mesmo que o corpo vá de quebra, como forma de troco de moeda barata. Troco de moeda de graça, moeda sem graça.
Aqui... é... aqui mesmo! Aqui neste tráfico não existe corretagem, corretores, cafetões, ilusores, chantagistas. Não há espaço pra mais ninguém e a alma é negociada assim: sem crédito, sem promessas, sem futuros incertos, sem certeza sequer da incerteza. O esquema é amador, primário, primata...
Alguém oferece sua alma, sua vida.
Alguém aceita, usa, desfruta, e pronto! Está satisfeita a transação, feita a transa ou não.
È um tráfico sigiloso, sem marcas externas, mas de manchas eternas.
O usuário aqui sabe parar, e o traficante é quem se enche de sonhos, na dinâmica de viver a vida de alguém. Na bobagem de viver a vida pra alguém.
A diferença é que a conjuntura não é sexual - se bem que eu às vezes me pergunto se o sexo não estaria relacionado a todos os assuntos do mundo... mas isso não é discussão pra agora, nem pra hoje.
O tráfico aqui é, sim, de pessoas, mas não de um país para outro, como se vão aos montes as mulheres mais humildes e iludidas deste país. Aqui o tráfico é mais complexo, mais discreto, e talvez mais intenso. De um mundo, para o outro.
Aqui, a venda não é só de corpos. Aqui, o principal é a cessão da alma, mesmo que o corpo vá de quebra, como forma de troco de moeda barata. Troco de moeda de graça, moeda sem graça.
Aqui... é... aqui mesmo! Aqui neste tráfico não existe corretagem, corretores, cafetões, ilusores, chantagistas. Não há espaço pra mais ninguém e a alma é negociada assim: sem crédito, sem promessas, sem futuros incertos, sem certeza sequer da incerteza. O esquema é amador, primário, primata...
Alguém oferece sua alma, sua vida.
Alguém aceita, usa, desfruta, e pronto! Está satisfeita a transação, feita a transa ou não.
È um tráfico sigiloso, sem marcas externas, mas de manchas eternas.
O usuário aqui sabe parar, e o traficante é quem se enche de sonhos, na dinâmica de viver a vida de alguém. Na bobagem de viver a vida pra alguém.
4 comentários:
Muito bom... Aliás, surpreendeu! Pois, como vc mesmo disse o tema foi de fora pra dentro e isso demonstra que vc sabe dialogar com temas propostos pelos outros...sem perder a sua identidade poética na escrita.
Será que foi apenas proposto?
Acredito que não, pois há um pouco de si em tudo que expomos... Ainda acre dito que existe muito de ti neste post... Ser usuário começa com uma necessidade, mas saber a hora de parar é saber que o outro, iludido ou não, não conseguirá sobreviver a esta situação por muito tempo... interpretação...
bjo, aquatico!
Neste caso, proposto, sim!
Agora concordo com você, Chú... tem muito de mim neste "post"! Aliás, eu sou esse "post" - algumas vezes explorando, outras, sendo explorado.
justamente o que eu quis dizer! ¬¬'
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