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sábado, 31 de outubro de 2009

Lembrete de viagem.


É preciso que se diga que quatro ou cinco punhados de terra, duas ou três bacias de mares, não são capazes de a mim e a você afastar;
É preciso que se saiba que por maior que seja a distância, por mais encantador que seja o lugar, ou as companhias, é com você, no fundo, que eu vou sempre estar;
É preciso que se entenda que o mundo inteiro nunca vai entender isso que nós mesmos ainda nem conseguimos um ao outro explicar;
E é preciso que se grite quando qualquer margem de dúvida, ou suspiro de interrogação, tente vir junto a nós se deitar.

(...)

Pois nem nos mais deslumbrantes sonhos meus, eu sonhei um dia te encontrar...
E esse tipo de coisa, que não se sonha assim, de uma noite para o dia, mas aparece assim, entre uma pessoa espremida e outra, não se pode desprezar.
Não se pode, e nem se conseguiria, pois o futuro daquele presente ficou registrado naquele nosso primeiro olhar.

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