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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Uma estória...

"Senta que lá vem história...", ou levanta se estiver sentado!
Pois eu vou contar uma estória. Uma não. Duas.

A primeira, em homenagem à minha avó, que um dia me ensinou que história não é estória, e que estória não é história, também. Aliás, a primeira é muito mais legal.

História são narrações de dados históricos, antigos, reais (ou não! - ou você acredita que os índios eram tão bonzinhos quanto dizem?)
Estórias, por sua vez, são exposições de fatos imaginários, fábulas, contos... aquelas que as avós contam aos netos, e as mães aos filhos, quando querem que eles vão dormir mais cedo.
Assim, estória não é história, apesar de que uma história pode ser nada mais que uma estória.

Pronto. Homenagens feitas, passemos à ESTÓRIA:

Um dia, uma velha nova amiga me contou que numa prova de português aplicada em sala, havia sido a única aluna a tirar nota 10. A princípio, não dei importância, mas a parabenizei!
E então ela foi além, e resolveu relatar o seu mérito... e até hoje eu não esqueço disso.

A questão chave da avaliação, que distinguiu as notas "noves" do único "dez", que separou os "ordinários" dos "extraordinários", que afastou a "mediocridade" do "brilhantismo", era mais ou menos assim:
Uma figura foi exposta e nela exitia uma flor. Uma flor e um cartão que dizia: "Obrigado, pela noite de ontem!". Simples, objetiva, insinuante... uma rosa, um cartão, uma noite!
E então, pergunta-ve quem havia remetido a rosa: um homem, ou uma mulher. Só.

Sem titubear, quase (Quase!) todo mundo respondeu que a rosa havia sido dada por um homem, pois a sociedade machista impõe aos homens valores que os obrigam a dar flores às mulheres, que não têm esse costume, e que depois das noites de amor os homens sempre fazem isso mesmo, e que são uns safados, pois só querem mais, etc, etc, etc.
Outros iam mais além e atacavam a gravura. A chamavam de preconceituosa, de ultrapassada, retrógrada. Diziam que os tempos haviam mudado (de chuva, passara-se ao sol) e agora as mulheres também mandavam flores.
Pura desculpa para não responderem a simples pergunta: foi um homem, ou uma mulher?

E foi aí que veio minha velha nova amiga, e, como a gravura, simples, objetiva e insinuante, respondeu que a rosa havia sido dada por um homem, já que no cartão havia sido escrita a palavra "obrigadO" e não "obrigadA", como o faria uma mulher.

E depois disso, com medo de cometer uma gafe, não agradeço mais, e me limito a dizer: "Valeu!"

Um comentário:

ph disse...

que beleza de coscarque!
Depois eu que não regulo bem!