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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Carrasco de si



Convencida da honestidade de suas próprias mentiras, tenta, então, me convencer.

Sem vergonha das razões de suas próprias omissões, tenta, então, me envergonhar.

Absolvida da culpa que, enquanto Juiza de si mesmo, não teve coragem de lhe atribuir, me impede de me penalizar.

E nessa trama em que fui vítima, detetive e promotor, acabo, surpreendentemente, me tornando o meu próprio defensor.

Defendo-me da minha dor, das injustiças e da indecência deste nobre opressor.

Defendo-me do que soube e do que não soube, do que houve e do que não houve, do que passa e do que passou.




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