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domingo, 1 de fevereiro de 2009

O tempo passou para Salete, também...


Acabei de assistir uma entrevista, no programa “Altas Horas” – para mim, um dos bons (poucos) programas da televisão, com aquela menina Bruna Marckezine. É, aquela que fez a “Salete” na novela “Mulheres Apaixonadas”.

Fiquei impressionado como o tempo passa, e o poder que tem de transformar as coisas, as pessoas e as vidas de todo mundo. Na época da novela, Bruna tinha apenas 5 anos, e eu, talvez com 15 ou 16, me lembro bem como era fascinado pelo talento daquela menina. Achava incrível como os olhos dela brilhavam e a simplicidade com que ela fazia um papel tão carregado de emoções e de angústias. E como chorava...

Hoje, entretanto, ao vê-la, mal pude reconhecer. Aliás, não a reconheci em nada. A aparência, se bem reparada, muito pouco havia mudado; mas os olhos... ah! Os olhos com certeza não eram os mesmos. O sorriso havia de todo se transformado, e nem por um instante me fizeram sorrir, como o faziam antes. O jeito era aquele jeito estranho e inseguro dos pré-adolescentes – tão ou mais imaturos do que o jeito da própria infância. A simplicidade havia simplesmente dado lugar ao mais bonito dos medos: o medo de parecer bobo! O tempo devastador havia passado, e seus efeitos não haviam poupado nem aquela menina.

Foi então que, ao passar um vídeo da sua primeira visita ao programa, na qual ela cantava uma música tema da novela, entendi que, por mais que o tempo passe e por mais que as coisas mudem, existem sentimentos que simplesmente ficam guardados, escondidos, e, vez ou outra, sem mais nem menos, voltam a desabrochar.

Salete não morreu! pelos menos, não pra mim...

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